No quadro "Clássicos do Futebol" do "Loucos por Futebol", da ESPN, apresentado por Roberto Porto, tomei conhecimento de um "causo real" que surprende até quem está acostumado com as histórias com selo "Coisas que só acontecem com o Botafogo". E também dá ideia do quanto essa tradição de bizarrices vem de longe.
Mesmo quem nunca leu "Os Sertões", ou só estudou a obra por meio de um "resumão" pra passar no vestibular, conhece a história do triângulo amoroso que culminou na morte do jornalista-escritor, graças à minissérie "Desejo".
O que eu não sabia (ou não lembrava) é que Euclides da Cunha Filho, em circunstâncias muito parecidas, também foi morto pelo algoz do pai, sete anos depois. Bom, o próprio Porto conta a história melhor que eu.
Lá é revelada a trágica história do zagueiro (e goleiro!) do alvinegro, Dinorah de Assis, o irmão para quem acabou sobrando uma bala de Euclides, que teve sérios problemas de saúde e acabou se suicidando num rio.
O que o pesquisador não relata no blog (mas falou no programa) é que a coisa tomou uma proporção tal que a antipatia a Dilermando atingiu o próprio Botafogo, que passou vários anos proibido de jogar no estado de São Paulo!
Quanto a Dilermando, apesar de ter sido baleado várias vezes, nos dois atentados, sobreviveu e foi absolvido em ambos. Ana Sólon da Cunha viveu até o fim com o homem que matou seu marido e filho. O casal morreu no mesmo ano, 1951.
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