sábado, 2 de outubro de 2010

No quadro "Clássicos do Futebol" do "Loucos por Futebol", da ESPN, apresentado por Roberto Porto, tomei conhecimento de um "causo real" que surprende até quem está acostumado com as histórias com selo "Coisas que só acontecem com o Botafogo". E também dá ideia do quanto essa tradição de bizarrices vem de longe.

Mesmo quem nunca leu "Os Sertões", ou só estudou a obra por meio de um "resumão" pra passar no vestibular, conhece a história do triângulo amoroso que culminou na morte do jornalista-escritor, graças à minissérie "Desejo".

O que eu não sabia (ou não lembrava) é que Euclides da Cunha Filho, em circunstâncias muito parecidas, também foi morto pelo algoz do pai, sete anos depois. Bom, o próprio Porto conta a história melhor que eu.

Lá é revelada a trágica história do zagueiro (e goleiro!) do alvinegro, Dinorah de Assis, o irmão para quem acabou sobrando uma bala de Euclides, que teve sérios problemas de saúde e acabou se suicidando num rio.

O que o pesquisador não relata no blog (mas falou no programa) é que a coisa tomou uma proporção tal que a antipatia a Dilermando atingiu o próprio Botafogo, que passou vários anos proibido de jogar no estado de São Paulo!

Quanto a Dilermando, apesar de ter sido baleado várias vezes, nos dois atentados, sobreviveu e foi absolvido em ambos. Ana Sólon da Cunha viveu até o fim com o homem que matou seu marido e filho. O casal morreu no mesmo ano, 1951.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Futebol e cinema são duas coisas que casam muito bem. "Soberano", filme sobre os seis títulos brasileiros do São Paulo, é minha segunda experiência com futebol no cinema, o que é melhor ainda ("Boleiros", de Ugo Giorgetti, por exemplo, é ótimo, mas eu não vi em tela grande). Bem que podiam transmitir jogos ao vivo nos cinemas, como já fazem com shows de Rock. Eu iria fácil.

Na minha sessão, havia cerca de duas pessoas para cada título do São Paulo, ou seja, umas doze. Entre eles, um pai doutrinando o filho, explicando coisas como "esse é o Telê, ele já morreu..."

O melhor do documentário é a vibe Canal 100, com as imagens e os aúdios - locuções de rádio de Fiori Gigliotti, Osmar Santos e outros monstros - de arquivo dos primeiros triunfos tricolores, em 1978 e 1986.

Depois fica mais chato, e a culpa nem é dos diretores/roteiristas, coitados, mas sim do regulamento, que criou os pontos corridos e decepou 96% da emoção dos campeonatos brasileiros. Linear, o clímax de Soberano é no início, com as sensacionais decisões por pênaltis contra Atlético Mineiro e Guarani. O resto é encheção de linguiça e jogo de Ceni. Mas mesmo assim vale a pena.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Títulos não-oficiais

Condenados a não darem volta olímpica em 2010, alguns clubes já conquistaram seus "títulos" no ano:

1. O Vasco, ao golear o Botafogo no Engenhão por 6 a 0.

2. O Palmeiras, que, desacreditado, bateu a sensação Santos em plena Vila Belmiro, pelo Paulistão (e ainda repetiu a dose ontem, mas sem a mesma repercussão e peso).

3. O achincalhado Flamengo, que conseguiu derrotar o incompetente Botafogo na quarta, mantendo um incrível tabu de DEZ ANOS sem perder para o rival em brasileiros.