quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Brasileirão dos goleiros

Tudo bem que o título foi uma mamata, mas na disputa pelas vagas na Libertadores e pra fugir do inferno há boas brigas e algumas surpresas. O Flamengo, numa reação inesquecível, saiu do rebaixamento (dado como certo por muitos) para o G4. Surpresa 1: um time carioca que vai disputar a Copa Toyota sem precisar da Copa do Brasil! E o mengão ainda pode ser vice-campeão...
Passemos à próxima: dos três nordestinos, apenas um cairá. E a maior de todas as zebras: poderemos ter um clube grande (e, vejam só, não é um grande do Rio!) amargando a B em 2008.

A posição em que tivemos as melhores surpresas (e as piores, para o Botafogo) foi sem dúvida a de goleiro. Tirando o São Paulo-Midas, boa parte dos times só puderam se orgulhar de seus guarda-metas. Desde Washington, em 2004, não vemos um grande goleador em ação durante um campeonato inteiro. Em compensação os goleiros têm ganho cada vez mais status de ídolos no país que ficou conhecido pela qualidade dos homens de frente.

Vamos analisar mais de perto os três melhores goleiros do campeonato:

Ceni, o mito - Além de completo e seguro sob as traves, o são-paulino faz gol e arma jogadas. Hors Concours.

Bruno, o mineirinho - O arqueiro revelado no Galo faz defesas cinematográficas como quem empurra bêbado de ladeira. Repare como o meu xará parece não fazer o menor esforço em campo. Como bom mineiro, é um agarra-quieto.

Felipe, o herói – É o que tem tido mais destaque. Em parte, por ser o mais exigido dos três, já que São Paulo e Flamengo sofrem bem menos apuros que o outrora Timão. Em parte, porque é o único jogador regular no Corinthians além do não menos heróico Finazzi. Mas, antes de tudo, Felipe é fenomenal e ponto final.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Quem é a decepção de 2007?

Pior do que não ir para a Libertadores é ter que participar da Sul-Americana. Eis aí um torneio que só serve para atrapalhar a campanha do Brasileirão. Alguns dos maus desempenhos de grandes equipes este ano podem ser explicados pela participação na Copa Sul-Americana. Já para outros pífios desempenhos não há explicação.

Quem é a decepção de 2007?

O Internacional, que montou uma equipe com uma folha mensal de 3 milhões, foi um fiasco no Gauchão, Libertadores e Brasileiro, luta pela Sul-Americana, e só conseguiu ganhar do Pachuca.

O Botafogo, cavalo paraguaio que abriu para o Flamengo na final do carioca, liderou o Brasileiro por onze rodadas e nem Libertadores vai pegar.

O América-RN, que não mostrou pra que subiu.

O Corinthians, que... Na verdade, o Corinthians merece mesmo a posição que tem.

O Santa Cruz, que deve passar uns bons três anos na Série C.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Cuidado: frágil!

Se há um craque jogando no Brasil hoje, ele se chama Nilmar. Mas parece que o cara é mesmo de vidro. Todos sabem do drama que ele passou por causa dos joelhos. Na volta, fez apenas dois jogos pelo Internacional e já quebrou um dedo e luxou o ombro. Se continuar assim, o custo benefício não será bom.

Mas será melhor que o de Kerlon, o malabarista do Cruzeiro, que obteve o seguinte resultado na nossa enquete: se Kerlon não der certo no futebol, já tem emprego garantido como pedinte nos semáforos. (61%)

Eu me pergunto por que Kerlon não fez foquinha quando o Cruzeiro perdeu de 4 para o Botafogo. Será que ele pensa que lugar de drible de efeito é em casa e ganhando? É, nem todo mundo acha que a foca é objetiva. E pra isso, há a lei da várzea. A mesma que Coelho usou no foquinha. Mas que nunca usarão em Nilmar porque o que ele faz é futebol, não palhaçada.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"Mas não basta, pra ser livre, ser forte, aguerrido e bravo"

Tem gente com medo de ver o Grêmio na Libertadores. Muito medo.

O São Paulo ainda não esqueceu a lapada na Libertadores deste ano e resolveu, contra o Juventude, poupar jogadores pendurados para usar força máxima contra o Grêmio, no Morumbi.

O Superior tribunal de Justiça Desportiva terá uma semana cheia de gremistas no banco dos réus: Tcheco, por ter mandado o árbitro tomar no *; Eduardo Costa, por atuação em Claiton de exercício irregular da profissão de tatuador, no jogo contra o Atlético-PR; e o presidente de futebol Paulo Pelaipe (até ele), por ter dito umas verdades sobre auditores do STJD, que são assumidamente torcedores do Atl-PR.
Aliás, muito estranha a atitude de auditores assumirem a torcida para um determinado time. E por uma dessas coincidências do destino, os processos de Eduardo Costa e Tcheco caíram justamente nas mãos de um desses auditores torcedores do Atl-PR.
É... Um abraço, e até 2008 para eles.

E, finalmente, o Internacional: às vésperas de enfrentar Cruzeiro e Palmeiras, adversários diretos do Grêmio na briga pela Libertadores, resolve tirar... férias! Mas por essa eu já esperava. No Gauchão e na Copa do Brasil, a gente dá o troco.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Medo da Libertadores?

Flamengo e Palmeiras até combinaram o placar da derrota. Já o Santos, em casa, combinou de só empatar com o Galo. O Cruzeiro, que já tinha levado chuva de pipocas, ganhou com foquinha e tudo. Mas onde estava a foquinha no jogo contra o Botafogo? E, como futebol é injusto, os resultados acabaram ressuscitando o Grêmio, que já dava como certa a não classificação.

E por falar em ressurreição, Nilmar voltou em grande estilo (Há esperança, Sicca!). E o Colorado voltou a ganhar. A briga do Inter pela Sul-Americana pode definir as vagas para a Libertadores, já que o Colorado recebe em casa Cruzeiro e Palmeiras. Grêmio e Flamengo agradecem. E não só ao Inter. Agradecem também ao Juventude, que tirou três preciosos pontos do Verdão.

A lâmpada mágica do Geninho – o Sport é outro time que deve definir as vagas para a Libertadores. Ontem já detonou o Verdão, com Valdívia e tudo. E ainda tem o Cruzeiro pela frente. Pra não sair de Recife, o Náutico receberá na última rodada o Flamengo.

Erva mate das Laranjeiras – Renato Gaúcho também tem participação fundamental na decisão das vagas; na verdade, não ele, o Fluminense. Tarefa difícil, mas o Flu pega fora de casa Palmeiras e Santos. Se conseguir tirar algum pontinho desses times, Grêmio e Flamengo agradecem de novo.

Fiquemos de olho em Inter, Sport e Flu. Eles definem as coisas. E, pra quem diz que não tem emoção no Campeonato Brasileiro... só lamento. Né, Hélber.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

É pau, é pedra, é o fim do caminho

Ontem sim foi uma batalha na Arena da Baixada. Uma baixaria danada. Tcheco foi expulso de campo e um dos dirigentes do time paranaense foi tomar satisfação com o jogador gremista nos vestiários. Rolou pau! O dirigente era o Petraglia, que dispensa apresentações.
A satisfação era relativa ao jogo de ida, no Olímpico, em um lance em que Tcheco e Alex Mineiro dividiram uma bola: Tcheco com o pé, Alex com a cara. Não podia dar outra: Alex quebrou o maxilar e, literalmente, a cara.

Ainda ontem, depois do jogo, teve uma briga generalizada entre jogadores no vestiário. Claiton alega que Eduardo Costa o pegara na traição e deixara uma carinhosa marca em sua barriga. Pau, pau e mais pau! Até repórter apanhou.

Olho por olho - hoje pela manhã, no Aeroporto de Curitiba, a delegação do Grêmio se encontrou casualmente com esse mesmo dirigente paranaense. Ganha um doce quem acertar o que aconteceu. Sentaram a pua! E Paulo Pelaipe, diretor de futebol do Grêmio (que não é flor que se cheire, diga-se de passagem) perdeu um dente. Dizem, os gremistas, que ele foi agredido pelos seguranças de Petraglia.

Placar: Grêmio 4x1 Altético PR. Porque no jogo de ida, Evandro levou uma cotovelada de Itaqui e perdeu quatro dentes. Se cada dente fosse um gol, o Grêmio teria goleado.