segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Coronel e o Luxemburgo

Com a esperteza de bom marketeiro e de filho da Traffic que é, Wanderley Luxemburgo nunca reconhece que seu time jogou abaixo do esperado. Por parte dele, nestes casos, vem enxurradas de explicações absurdas que desvirtuam os reais acontecimentos do jogo, principalmente quando joga no Palestra Itália e não vence.

Se o juiz não marcou pênalti tão claro, o primeiro responsável (e muitas vezes único) é o próprio juiz. Talvez até aceitável seria Luxemburgo denunciar que o São Paulo vem pressionado e inibindo os juízes a algum tempo, barrando-os de jogos da série A. Abrir uma discussão mais ampla com relação a pressão que ocorre em cima dos árbitros seria muito mais convincente do que pegar no pé do Coronel. Mas não, ele quer a frase de efeito, quer que a fumaça da polêmica não permita que o palmeirense se preocupe com os gols que não saíram.

Mais curioso é que o time do Palmeiras fez uma partida razoável, porém, o técnico atribui o empate em zero a zero com o São Paulo ao Coronel Marinho, não aos gols perdidos do seu time, ou ao juiz, ou às boas defesas de Marcos.

Marcos
Nem Coronel nem Luxemburgo. Na verdade, Marcos foi o homem da rodada. Aliás, goleiros tem sido donos das rodadas a pelo menos um mês no futebol brasileiro, quebrando as estimativas de que este seria o campeonato dos atacantes, mesmo havendo sempre um Edson Bastos ou um Galatto para que a vida não seja tão previsível.

Fica a lição, Quando o Santo Pega Demais, Luxemburgo Desconfia.

Momento Mal
Todo Coronel Marinho é Comodoro?

sábado, 23 de maio de 2009

Déjà vu

O time entra desacreditado no campeonato nacional. Todo mundo acha que ele só tem a pretensão de lutar contra o rebaixamento. E o que ocorre? Logo no início, está entre os primeiros, liderando boa parte do campeonato e chamando a atenção da crítica esportiva. Porém, não resiste a um torneio longo e seu aproveitamento cai, fazendo-o abandonar a liderança.

Você deve estar pensando no Grêmio do ano passado. Mas esse time é o TSG Hoffenheim, do ex-gremista Carlos Eduardo. Lembra dele? Aquele meia-atacante que em 2007 infernizou a zaga dos adversários do Grêmio junto com o lateral Lúcio. Era praticamente a única jogada de ataque rápido do Tricolor, mas com ela o time chegou à final da Libertadores.

Hoje ocorre a última rodada do Campeonato Alemão. O Hoffenheim, em 7º, não pode mais ser campeão. O título deve ficar com Wolfsburg, de Grafite (outro ex-gremista, mas que não teve o mesmo brilho que Carlos Eduardo quando em sua passagem).

Na época, a contratação de Carlos Eduardo pelo TSG Hoffenheim foi um alívio para o Grêmio, ainda afundado em dívidas. Havia uma cláusula no contrato que, se o TSG Hoffenheim passasse da 3ª divisão para a 2ª, o Grêmio ganharia um bônus. Quando Carlos Eduardo foi para futebol europeu, houve muitas críticas, já que estava indo para um time da terceira divisão do futebol alemão. Adaptou-se muito bem. Tão bem que o time foi campeão da 3ª divisão, e logo em seu primeiro ano na 2ª divisão, conseguiu chegar à Bundesliga.

Pelo jeito, o brasileiro fez bem ao time, que já conta com outros 3 tupiniquins: os zagueiros Fabrício e Luis Gustavo e o atacante Wellington. A última contratação brasileira do TSG Hoffenheim foi a revelação do Botafogo: Maicosuel. Não duvidem deste time. Na temporada 2009/2010, certamente chegará, no mínimo, à Copa da Uefa.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A prova de Roth

Amanhã, o que seria inimaginável há dois meses, ocorrerá. Roth enfrentará o time que montou: o Grêmio. E é hora de saber saber definitivamente o quão bom Celso Roth é como técnico.

Foi mais de um ano no Tricolor Gaúcho. Uma campanha surpreendente no Brasileirão passado e a classificação para a Libertadores. Uma coisa ninguém pode negar: o esquema que ele montou está dando certo e vem sendo vitorioso na Libertadores. Ainda invicto, o Grêmio já está nas quartas. E há quatro jogos não tem técnico. Rospide, interinamente, ocupou o cargo, mas não mudou a herança Rothiana. Se tudo vem dando certo, então por que Roth caiu?

Se Roth vencer sua criatura, armando taticamente sua equipe para anular os pontos fortes do Grêmio, provará que de fato era um bom técnico. E que foi injustiça da direção gremista a demissão após a perda de mais um Gre-Nal. Mas cabe à direção impedir que Roth prove isso.

Como? Mandando um time reserva para Belo Horizonte. Assim, se o Grêmio perder, o time titular continuará blindado e a dúvida sobre a competência de Celso Roth pairará para sempre no ar. Porém, se ganhar, não restarão dúvidas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quase de novo

Desta vez o Flamengo entrou em campo bem armado. Colocou Toró para marcar homem-a-homem D´Alessandro e funcionou. O Inter ficou sem saída no meio-campo. Só levou algum perigo em algumas poucas arrancadas de Nilmar.

Mesmo assim esbarrou em um velho problema, o quase. Novamente colocou bola na trave, quase fez gol em um chute a queima-roupa com uma defesa extraordinária de Lauro, vários chances de escanteio e por aí vai...

Agora vamos lá para o sul brigar por uma vitória simples ou qualquer empate com gols. Acredito no Flamengo, principalmente se mexerem no ataque porque Emerson (o MilkShake) e Ewerton não estão dando conta do recado.

Já quanto ao Inter... já ficou manjado... não é tudo isso que falam não...


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Campanha na Libertadores

Era uma campanha parecida com a do Palmeiras que eu esperava que o Grêmio fizesse nesta Libertadores. Cheia de emoções, sufocos, quase desclassificações...

Campanhas deste tipo solidificam o time. Em 2007, após fazer uma primeira fase sofrível, o Grêmio desclassificou o São Paulo e o Santos, times bem mais fortes que o próprio Tricolor Gaúcho.

Hoje deve ser um jogo fácil no Olímpico. E até agora o Grêmio tem tido alguma sorte com os adversários: todos com nível de dificuldade baixo. Mas a próxima fase trará, sem dúvidas, a barreira mais difícil.

Se Grêmio e Cruzeiro estão praticamente classificados; e Palmeiras e São Paulo já passaram, então, se a Conmebol não mudar as regras e cruzar todo os times brasileiros na próxima fase, haverá quase certamente uma final brasileira.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quase 3 pontos


Cuca reclama da pontaria e da sorte: 'Era para termos vencido, e bem' - Treinador acredita que o rendimento da equipe foi superior ao do adversário, só que, mais uma vez, o Fla perdeu chances demais.

Ibson reclama da falta de pontaria e do individualismo do time - Volante diz que, se os jogadores tentarem resolver a partida sozinhos, o Fla não sairá de campo vencedor.

Acordei hoje, fui trabalhar e os fãs do Brasileirão começaram a dizer: "Quase o Flamengo ganha do Cruzeiro, hein...", "Se aquele pênalti tivesse entrado...", "Se não tivesse perdido tantos gols...".

Também li o mesmo xororô nos sites esportivos.

Mas a realidade é uma só, o quase não é nada no futebol. Ou faz, ou leva. O Flamengo preferiu levar 2 gols do Cruzeiro e sair do Mineirão sem ponto algum. Não adianta ficarmos chorando o pênalti horrivelmente batido, as chances perdidas (algumas com o goleiro já batido) ou a falta de sorte, perdemos 3 pontos sim e que podem (e provavelmente vão) fazer muita falta.

O Brasileirão já deu mostra suficiente que não se pode perder pontos. Fora de casa tem-se que, na pior das hipóteses, empatar e em casa vencer, de preferência jogando bem.

Se não for assim, terá que comer muita grama por fora (como o São Paulo em 2008) para correr atrás dos pontos perdidos.

Mas será que o Flamengo tem plantel para isso?

Próximos Jogos

QUA, 13/05/2009 - copa do brasil 2009 - 1ª rodada 21h:50 Flamengo x Internacional
SÁB, 16/05/2009 - brasileirão 2009 - 2ª rodada 18h:30 Flamengo x Avaí
QUA, 20/05/2009 - copa do brasil 2009 - 2ª rodada 21h:50 Internacional x Flamengo

Quase um editorial

Não leio texto de escritores de blogs que apenas narram o que ocorreu em uma partida de futebol. Se eu quiser saber o que se passou em determinado jogo, procuro os sites de jornalismo.

Também não me apetecem textos cujos autores disparam suas críticas após os jogos, baseados no placar e no que se deu durante o jogo. É muito fácil descobrir “o ovo de Colombo” depois de ele ter feito.

Assim como não me parecem sinceros os imparciais parágrafos de alguns textos. Blog de futebol não é lugar para isenção. Isso fica, mais uma vez, para os sites de jornalismo. Blog é espaço para escritores-torcedores, com toda a carga dramática que este binômio implique.

E, finalmente, repudio a vigilância sobre os comentários. Liberdade sempre deve ser a principal regra. Ninguém está obrigado a ler, visitar ou comentar nenhum blog. Inclusive este.

domingo, 10 de maio de 2009

Nilmar já fez o gol mais bonito do campeonato

O Internacional possui o melhor modelo de gestão dos times brasileiros. Seus sócio-torcedores geram um lucro anual de 30 milhões. Seu contrato de Tv é de 18 milhões. Isso fora o patrocínio nas camisas e a venda de material esportivo. E quando falo de material esportivo não me refiro ao jogadores vendidos.

Além de quebrar com a hegemonia do dinheiro da Tv, do qual muitos outros clubes são reféns, o Inter, de acordo com sua diretoria, só precisa vender praticamente um jogador por ano para manter as contas em dia e, ao mesmo tempo, montar um bom e competitivo time.

Nesta primeira rodada do Brasileiro, poderiam afirmar que o Inter ganhou porque jogou contra o time reserva do Corinthians. Mas o time do Inter estava organizado, objetivo, sério. E ao ver Nilmar, após receber com precisão um lançamento, passar por sete adversários e marca o gol que merece uma placa, não há como negar que o Inter jogou como se fosse valendo aqueles três pontos de 2005. Ou como tivesse aprendido a lição e logo garantisse os pontos que perdeu de bobeira na campanha estabanada de 2008.Enfim, o Inter pode ser o campeão brasileiro, prêmio que só faz bem ao futebol, pela boa atuação fora e dentro dos gramados.



Reparem que quando Nilmar recebe o passe, está praticamente sozinho no campo ofensivo e limpa todo mundo.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Comentários

Libertadores - o Grêmio me assusta. Não sabe o que é perder na copa. Nunca foi tão fácil assim passar pelos times na Libertadores. Não fosse aquele empate em zero a zero no primeiro jogo, seria 100% de aproveitamento. Esse ano está muito fácil.

Timão - de repente, vi-me torcendo pelo Corinthians na final do paulista. E hoje, contra o Atlético-PR. Eu, que nunca gostei do Timão! Por causa de Ronaldo, claro. E digam o que disser, mas o cara é realmente um fenômeno.

Brasileirão 2009 – desde que vi a primeira vez a tabela, de cara percebi que “o jogo” da rodada seria Corinthians X Internacional (domingo, dia 10, às 16h00). A Máquina Colorada contra o Timão do Fenômeno. É mais um bom motivo para torcer pelo time paulista. Mas é este jogo que vai mostrar de uma vez por todas se as goleadas do Inter no Gauchão servem de parâmetro para alguma coisa.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A taça trincou

Ronaldo, na coletiva após a conquista do título paulista, começou reclamando do número de jornalistas em campo ao final do jogo. Criticou a organização. É interessante quando um jogador vem a público, quebra o protocolo e fala de questões que para muitos são tabus. De fato, ao acabar o jogo no Pacaembu, neste domingo, pensei que haviam aberto os portões para a torcida invadir. É muito similar. Se a invasão da torcida hoje é coisa pré-histórica, tá mais que na hora de tolher o mar de jornalistas.

Talvez o que possa deixar Ronaldo mais triste é o fato do time não poder comemorar o título, já que a bem elaborada tabela do calendário brasileiro, exige que o Corinthians jogue partida deveras importante pela Copa do Brasil, com sérios riscos de azedar a conquista estadual. Ninguém vai lembrar deste domingo se o Corinthians empatar com o Atlético Paranaense. Muito menos se perder para o Internacional, uma semana depois, na estréia do Campeonato Brasileiro.

Por fim, fica o comentário sobre a velha taça, o caneco, o troféu, o símbolo da conquista que bisonhamente se transformou hoje no símbolo da desorganização do futebol citada por nosso suíno Ronaldo. Ora, eu não sei qual é a situação mais ridícula, se é a taça paulista pegando fogo junto com o jogador corintiano, ou se é a taça carioca, pirata, falsificada, réplica idiota, nas mãos dos jogadores do Flamengo. Se ao menos fosse uma Jules Rimet... mas até essa a gente deu fim.

domingo, 3 de maio de 2009

É Tri.........


Como eu havia dito no último post, Flamengo e Botafogo fizeram mais uma vez uma grande partida. Jogo totalmente equilibrado, sem a mínima chance de se arriscar um placar antes do apito final.


Não deu outra, o jogo foi para os pênaltis e depois de um 2 a 2 no tempo normal, o goleiro rubro-negro decidiu para o Flamengo. Bruno pegou duas cobranças e deu o título de tricampeão carioca para o time da Gávea.


É tempo de comemorar e que venha o Brasileirão...