sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sobre futebol e outras coisas mais

E quando a gente se conforma de que somos um povo que fraqueja no momento final, recebemos um tapa na cara. O cavalo refuga na hora decisiva, a perna treme no instante final, a boca seca mais do que devia, quando não devia. O golpe vira contra-golpe. E a gente se entorpece antes do tempo.

Não é falta de vontade. Muito pelo contrário.

Então, a conquista escapa e, pior, a constatação é sempre a mesma, no fim: não tínhamos, não temos jamais adversários. Nossos limites nos estão dentro. Individual e coletivamente.

E aí, depois a gente esquece tudo isso com o tempo. Porque somos o país do improviso, do faz de qualquer jeito que no final pode dar certo. E, principalmente, porque estamos acima da média para essas coisas. E temos os nossos talentos individuais.

Até que acontece de novo, com novos ou antigos personagens.

Mas, valeu, valeu muito esse tapa. Enquanto houver uma Marta no mundo, ou um Vanderlei Cordeiro da vida, renovaremos nossos ares. Há muitos outros que também vão lá e dizem: “Sem alma, não se vive. Sem alma, não dá”.

E no final a gente diz: “Quem se importa com medalha?”.

Só o esporte mesmo para proporcionar tudo isso.

5 comentários:

Bruno R disse...

"Tem que ter força mental, amigo!" BUENO, Galvão.

Anônimo disse...

quem, além de mim, acha que a cada bronze ganho a gente desce mais na classificação?

é como se fosse melhor não ganhar o bronze.

Bruno R disse...

está na hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor

::: Luís Venceslau disse...

Sempre dá aquela "vergonha alheia" qdo dizem: "vamos agora ao quaaaaaaadro de medalhas!" e o Brasil tá em 23º. Podiam dizer só "nesse momento, o Brasil tem x de ouro, x de prata e x de bronze", sem falar da colocação. Ficar a trás de Quênia, Etiópia e Jamaixa é peso.

Anônimo disse...

Coisas do futebol.