segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A terrível inconstância do batimento cardíaco de um torcedor que não queria ver tantos gols

Mais do que a confirmação da boa campanha do Grêmio, ou a ascensão do Botafogo, ou a derrocata do Flamengo, ou o feijão-com-arroz do Cruzeiro, fico impressionado mesmo é com o Vasco. Sim, ele mesmo. Tem alguma coisa de imponderável neste Vasco, algo insólito que desperta e adormece constantemente. É difícil ver um time aplicar e sofrer tantas goleadas em tão curto tempo.

Fico imaginando aquele torcedor vascaíno afoito: "Hoje é surra!!! Surra!!!", enquanto melancolicamente o outro diz baixinho, com a cabeça baixa, olhando para a cruz vermelha: "De quem, não se sabe...". O Vasco ganhou de 4 X 0 do Sport, 6 x 1 do Atlético mineiro e 4 x 0 no Internacional. E perdeu de 5 X 0 para o Vitória, 4 x 0 para o São Paulo, 5 x 2 para o Santos.

O Vasco é como aquele adolescente problemático que consome tudo de uma festa em alto êxtase e depois degringola pela depressão de quem está sem rumo na vida. Não, não, melhor pensando, o Vasco é como aqueles filmes de ação em que a ponte vai caindo e o personagem sai correndo sobre as tábuas já flutuantes. Ou talvez, no fundo, o Vasco é uma embarcação que vai afundando, afundando onde, aqui, acolá, alguns jogadores pegam no balde e jogam a água para fora. Essas comparações...

2 comentários:

Chilavert disse...

eheh. bacana!

escreva mais, seu sacripantas!

Vinicius Grissi disse...

O Vasco lembra o Atlético-PR de 2004. Goleava em uma rodada e era goleado na seguinte. Pelo menos o torcedor pode ir aos jogos sabendo que verá muitos gols.