Futebol é coisa de macho

Pelo fim do bom-mocismo nas arquibancadas


O cartunista Allan Sieber publica uma série de tiras chamada "The Mommy´s Boys", em que satiriza uma recente safra de bandas formadas por adolescentes bem comportados e suas canções melosas. O Rock, assim como o futebol, não combina com uma atitude politicamente correta.
O tempo de jogadores bad boys já vai longe. Edmundo, o outrora "animal", deu início à irritante modinha de não comemorar gols marcados contra ex-clubes. E agora a onda emo chegou também à arquibancada. Na última segunda, enquanto todo mundo falava do monstruoso frango de Júlio César, o Globo Esporte dava destaque ao último hit da galera botafoguense, tão bem comportado quanto sem graça. Vejam que versinhos fofos: “E ninguém cala / Esse nosso amor / E é por isso / Que eu canto assim / É por ti Fogo!” Mil vezes o divertido “Obina é melhor que Eto’o” dos flamenguistas.
Aliás, quando o atacante rubro-negro Souza não joga nada, é só a torcida do Mengo começar a gritar “Obina, Obina!” que ele mete um gol. Por falar nele, o “anjo negro da Gávea” já treina com bola e volta aos gramados em julho.
Já os vascaínos, mesmo quando o time era líder do brasileiro, não abriam mão do direito de chamar Celso Roth de burro. E quando foram goleados pelo Botafogo sobrou pra Eurico Miranda e até pra Romário, que foi vaiado.
Torcida que é torcida tem que agir assim. Temos que exigir de nossos clubes do coração nada menos que a vitória. Que coisa ridícula o que os gremistas fizeram ontem! Enquanto Riquelme deitava e rolava, os tricolores soltavam fogos e gritavam o nome do time. Hômi, ou isso é masoquismo ou é coisa de viado...